top of page

Um Novo Cristianismo?

Por: Arthur Martins | Fotografia: Jeremy Bishop


Por um lado, lamento as coisas que vou postar nestas 7 reflexões*. Por outro, sinto "o Senhor ao meu lado como um poderoso guerreiro" (Jr 20:11). Elas foram processadas com diversas conversas e orações junto de irmãos em Cristo, associada à leitura cuidadosa, meditação nas Escrituras e hesitação pastoral.


1. O Cristo Perdido


Após semanas de consideração, sou impelido às palavras de Karl Barth em “A Proclamação do Evangelho”: “O falso profeta é o pastor que agrada a todo mundo. Seu dever é dar testemunho de Deus, mas ele não vê a Deus e prefere não o ver porque vê muitas outras coisas. Segue seus pensamentos humanos, conserva-se interiormente calmo e seguro, evita habilmente tudo quanto o incomoda. Não espera senão poucas coisas ou mesmo nada da parte de Deus. Pode calar-se, mesmo quando vê homens atravancando seus caminhos de pensamentos, de opiniões, de cálculos de sonhos falsos, porque eles querem viver sem Deus. Retira-se sempre quando devia avançar. [...] Sonha às vezes que fala em nome de Deus, mas não fala […] Ele sabe que Deus quer tirar os homens da impiedade e que a luta espiritual deve ser travada. No entanto, prega a “paz”. […] Eis aí o falso profeta!”


Minha justificativa está nas palavras de Lee Strobel: “O que acontece se sua linha doutrinária for intencionalmente cortada? Não acontecerá muito a princípio. Durante algum tempo, a fé não se afastaria muito. A tradição e o hábito manteriam o barco da sua vida pairando sobre a mesma região espiritual, pelo menos durante um tempo. Mas ao longo do tempo a corrente da cultura iria fazer com que o cristianismo batesse contra as rochas da heresia e se afundasse na irrelevância.

Tenho visto muitas pessoas amadas naufragarem na fé, em um mar de dúvidas e descrença profunda. O motivo foi o abandono doutrinário, em troca de um “relacionamento aberto” com Cristo.

Na defesa de que “Cristo é o importante, não a doutrina e os dogmas”, o próprio Cristo foi perdido, está longe, não é sentido ou ouvido, não comunica vida e não desperta afetos profundos para a adoração.


Se a qualidade de uma fé trata do sentido da vida e do destino eterno de uma pessoa, o conflito pela verdade é nobre.


2. Amor e Verdade


Ainda há esperança para alguns discípulos que viraram as costas para a cruz entrando pelo caminho de Emaús. É preciso descrever e esclarecer os fatos para abrir os olhos de irmãos que ainda podem ser salvos da apostasia.

E tenham compaixão de alguns que estão em dúvida; salvem outros, arrebatando-os do fogo.” (Jd 1:22-23a).

Randal Rauser é uma professora de teologia sistemática que nega a doutrina como fundamento da fé cristã e defende a ideia de que a pessoa de Jesus é que é o fundamento. Com base na negação dogmática se constrói (ou deveria dizer “desconstrói”?) o que tem sido chamado de “cristianismo progressista”, uma reinterpretação radical da fé cristã que “evoluiu” do liberalismo teológico nos EUA.

Precisa ficar claro que esse “novo cristianismo” não é identificado como “progressista” porque cristãos possuem uma inclinação política à esquerda, mas por fazerem uma síntese da fé cristã com os fundamentos do progressismo, criando “novas narrativas evangélicas”. Eles não estão levantando questões secundárias ou não essenciais à fé cristã, mas revisando as doutrinas centrais do cristianismo.


O desastre está em como um “novo cristianismo” está emergindo enquanto descrê da autoridade da Escritura e eleva a patamar dogmático teorias sociais nascidas há um século.


Rauser, uma defensora do “cristianismo progressista”, explica: “Alguns anos atrás meu pai foi diagnosticado com Alzheimer… Se as crenças fossem a base de nossa família, o Alzheimer teria reduzido a nada o lugar de meu pai dentro dela… A âncora de nossa família e o papel central de meu pai dentro dela não eram nossas crenças um sobre o outro: ao contrário, era sempre e sempre o relacionamento. Quanto mais isso é verdade quando falamos da família de Deus?”

O novo dogma é “relacionamentos importam mais que doutrina” ou “amor é mais importante que verdade”. Assim, ela descreve que um cristão que “não sabe em que crê” assemelha-se a um membro da família de Cristo com Alzheimer que é muito amado. Ainda que fosse, que relacionamento há deste com o Cristo, se ele não consegue crer em uma só Palavra dita por ele? Como haver relação com Cristo sem fé em uma verdade sobre Cristo?


3. Doutrina e Devoção


Como um adolescente que foi parte do cenário punk rock / hardcore, fui mais um de milhares na América Latina que buscaram abrir espaço no meio cristão convencional para aquilo que há 20 anos era chamado de “tribos urbanas” (quem lembra?).


Todos éramos esteticamente subversivos, mas a crença nas Escrituras não era uma questão. Queríamos dialogar com a cultura, quebrar o tradicionalismo litúrgico e o preconceito cultural, mas tudo isso, sem abrir mão da Escritura. Pelo contrário, queríamos atrair mais pessoas para Cristo e as doutrinas que incendiaram nosso coração.

Na última década, uma parcela dessa “igreja emergente”, tanto nos Brasil quanto nos EUA, “transicionou” de uma apreciação da diversidade estética e cultural para a militância de narrativas, que no passado, pareciam estranhas ao evangelho.

O abandono da doutrina pode ser justificado por não proverem soluções para o que consideram o maior problema da humanidade: estruturas de injustiça. "O mal está fora, não em mim." dizem. Dispensa o arrependimento e promove a militância. O incentivo para a igreja é “abrir-se mais para o diálogo”. O crivo pelo qual se filtra a “relevância” da Escritura são as partes úteis na defesa de um ideal político. O Reino de Deus é o banimento da “intolerância” e do “discurso de ódio”.


O natural afastamento da igreja e enfraquecimento da devoção dos cristãos que entraram pelo caminho do cristianismo progressista tem sido sentido por toda igreja em algum nível. E a igreja sofre, muitas vezes, por não conseguir entender o que aconteceu com tais irmãos. É realmente difícil fazer a leitura dos contornos desse “novo cristianismo” porque ele se camufla. Continuam usando a linguagem bíblica, mas não acreditam mais no que as palavras-chave do cristianismo significou por 2 mil anos. Eles “ressignificaram” os termos bíblicos.


Esse caminho é tão cruel que começa castrando a capacidade de orar, remove o consolo da presença do Espírito, cauteriza a consciência para não conseguir se quebrantar diante de seus pecados, deixa escravo dos sentimentos e hipersensível a si mesmo, impede de congregar e promove intolerância à tudo que tem relação com a ortodoxia.


Ele é nocivo para a saúde emocional e confuso, pois Deus não pode ser conhecido com certa exatidão, e convicção se torna quase um sinônimo de cativeiro.


4. Retomando a Ordem


O mundo protestante tem observado a queda catastrófica de pastores, por abuso espiritual e sexual, escândalos matrimoniais e financeiros e culturas tóxicas em ambientes eclesiásticos. É urgente que haja uma reforma na eclesiologia.


G.K. Chesterton disse: "O mundo é um navio naufragado onde há tesouros escondidos.” Há certamente sabedoria nos pensadores deste século que possam nos ajudar a corrigir nossos fracassos, mas o fato de haver algum tesouro fora de casa não deve ser um argumento que me convença a morar na rua.


Toda proposta de "liberdade" que induz discípulos a deixaram a família (igreja) e a proteção do lar (Escritura) e fizerem da rua (cidade) a sua nova casa, não pode ser a fé criada por Jesus Cristo. O novo convite é que fora da evangelização encontrem uma nova missão e chamem a todos de “irmãos”. A rua não pode ser um lar, mas é onde muita gente decide morar, passando fome e se alimentando frequentemente de comida estragada. O mínimo que a família da fé deve fazer é refletir: “por que isso aconteceu?”

Josh Porter, ex-vocalista da banda Screamo-punk Showbread e pastor, escreve em seu livro Death to Deconstruction: “Enquanto vivi esse doloroso processo da desconstrução da minha fé, cheguei à conclusão de que o motivo número um que leva as pessoas por esse caminho é alguma ferida emocional com a igreja.”

Se esse é um dos principais motivos, temos muito trabalho a fazer. Precisamos limpar nossa sujeira e colocar a casa de Deus em ordem (Tt 1:5). L. Ravenhill disse: “O problema de Deus com o mundo não é o catolicismo, comunismo ou liberalismo. O problema, pra Deus, é o fundamentalismo morto.


Estamos seguros enquanto nosso paraquedas está em chamas? Pode isso ser um apego racionalista à doutrina, sem prática e sem vida? Estamos precisando de avivamento na casa de Deus, enquanto nossos irmãos revoltados aderiram à narrativa revolucionária e jogaram fora a água suja dos pecados da igreja com o bebê da Palavra de Deus? Se temos a sã doutrina, e ela traz cura, que comece por nos curar, nos cortar e gerar em nós mais compaixão do que avidez por sucesso apologético.


Deus espera que sejamos a vanguarda. H. Rookmaaker afirma: “Precisamos chorar [por eles], orar, pensar e trabalhar”. Só se nos interessarmos por eles, poderemos produzir o que Lloyd-Jones chamou de “lógica em chamas” a fim de tocarmos os corações feridos e revoltados com a Palavra e a Igreja. Esta é a solução de Deus para esta hora, mas “onde estão os Elias de Deus?” (L. Ravenhill)


5. Diagnóstico Insuficiente


Acredito que uma grande profetisa de nossos dias seja Rosaria Butterfield. Ela era ateísta, vegetariana, lésbica, militante LGBT (sigla de 20 anos atrás), professora de literatura na universidade de Syracuse, e vivia a base de remédios controlados. Como uma mulher desconstruída aperfeiçoada na escola do humanismo, ela buscou ser coerente. Se recusou a simplesmente se opor ao cristianismo conservador sem conhecê-lo, mas decidiu fazer visitas à casa de um pastor idoso e sua esposa para fazer perguntas sobre suas crenças.


Após dois anos, Rosaria se converteu em uma igreja conservadora. O que o evangelho fez com ela? Deu-lhe paz em sua identidade, deu-lhe um lar na igreja, respondeu aos seus anseios mais profundos e deu propósito a toda sua qualificação acadêmica.

Essa também é a história de dois pastores importantes pra mim. Da desconstrução de gênero para a solidez da doutrina.

Anos depois, Rosaria se casou com um pastor e teve filhos adotivos. Certa manhã orava por seu vizinho quando a polícia o prendeu. “O que a família conservadora, que crê na Bíblia, que mora do outro lado da rua faz numa crise dessa magnitude? Nós poderíamos nos proteger em casa, e como bons fariseus que sempre estamos prontos a nos tornar, agradecer a Deus por não sermos como os malvados viciados em metanfetamina […] mas quem, além de cristãos bíblicos, pode achar sentido redentor na tragédia?

Quando Donald Trump fechou as fronteiras para refugiados, "meus vizinhos sabiam que era seguro perguntar, seguro visitar e seguro chorar. […] Fizemos o mesmo [que] na noite anterior à eleição e oramos por nossa nação e por nossas amizades, temerosos de que nossas posições diferentes facilmente nos dividissem. Éramos diferentes. [...] Ty estava bufando de raiva quando entrou na cozinha falando “Não é meu presidente!” Beth foi mais moderada, estava triste. Terry entrou com um pequeno sermão, declarando que Jesus havia sido um refugiado. Algumas pessoas concordaram. Outras não. Eu sou amiga e vizinha de pessoas dos dois lados. Nós nos juntamos. Conversamos. Oramos. Demos comida para as crianças e nos abraçamos. Nós nos agarramos à realidade do Salmo 46.1-3 […] Há algo especial em chorar com a Palavra de Deus como cenário.”


Não basta que apenas façamos algum diagnóstico teológico ou eclesiológico. A igreja na nossa geração precisa sair da defensiva e se erguer profeticamente com o amor, sabedoria e poder capazes de resgatar os amados irmãos feridos por quem Cristo derramou seu precioso sangue. Estamos no meio de uma crise na igreja ocidental, e é em tempos de crise que Deus conta com profetas para trazer verdadeiras soluções.


6. Desconstrução do Cristianismo


Quando Jesus ia chegando a Jerusalém… chorou por ela, dizendo: — Ah! Se você soubesse, ainda hoje, o que é preciso para conseguir a paz! Mas isto está agora oculto aos seus olhos” (Lc 19:41).


"O anticristo também declara os pobres bem-aventurados, mas não o faz por causa da cruz, que abrange toda pobreza e na qual toda pobreza é bem-aventurada, mas justamente para, mediante ideologias políticas e sociais, rejeitar a cruz." Dietrich Bonhoeffer (pastor morto por Hitler por combater o fascismo).

O pensamento progressista é ingênuo porque sua idolatria ao pragmatismo sobre a doutrina o deixa fascinado com o sentimentalismo. Ele serve a uma agenda que não é a de Cristo sem perceber. O zelo é como um fogo, mas sem conhecimento.


Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador” (Romanos 1:25).


Diferenças desse cristianismo desconstruído:


1. A criatura adorada no lugar do Criador é classe, gênero e raça: a nova trindade (Romanos 1:25);


2. Dignidade é a nova santidade;


3. Militar ao invés de evangelizar;


4. “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” são os novos “Fé, Esperança e Amor” (1Coríntios 13);


5.Os “irmãos” são os semelhantes e não os que creem em Jesus (Mateus 12:50);


6. Dizem que Jesus aceitou todo mundo, afirmando que o chamado ao arrependimento é agressão; Jesus amou todo mundo dizendo que todos se arrependessem (Marcos 1);


7. A cidade é sua igreja e a luta por igualdade sua missão;


8. A doutrina do pecado é a nova indulgência que deve ser expurgada pois ele não existe, é uma construção social e inconveniente. Todo mundo nasce bom e a maldade é estrutural;


9. A missão da igreja é desconstruir as estruturas, não pregar; pois não há inferno.


Todo cristão que deseja fazer missões precisa tomar cuidado. Compaixão e propósito não podem ser a única coisa que você leva para a jornada. Heresias são aspectos da verdade hiper enfatizados, distorcendo-a e deixando-a feia. Quem, em missão, se apaixona pela sutil religião mundo, perderá a alma e a missão.


Sem conhecimento das doutrinas, você não conhece sua missão, e o espaço fica vago para novas narrativas encherem a agenda do discípulo descomprometido.


7. Evangelho Pervertido


Esse que tem se intitulado "cristianismo progressista" é filho do “evangelho social” e neto do protestantismo liberal da escola de Frankfurt. Eles fundiram a teologia com os ideais da revolução francesa. Seus pressupostos têm origem nos EUA, França e Alemanha, mas insistem em acusar o cristianismo conservador de ser europeu.


Defende-se os direitos individuais com base na soberania do indivíduo, não de Deus. É a própria sociedade que entra em decadência pela deificação da humanidade caída. Quando divinizamos o mau, o bom parece o vilão.

Balenciaga (e sua propaganda imoral com crianças) não está fora de moda. Os anseios sexuais devem ser supridos a qualquer custo, pois o indivíduo é um soberano com direitos irrestritos.


Descriminalizam as drogas e o aborto, despecabilizam a homossexualidade, o adultério e o divórcio em nome da felicidade. Não entendem o evangelho de João Batista, que pregou arrependimento a Herodes, um pagão, que divorciou-se para tomar a esposa de seu irmão. Sendo respaldado pela lei civil romana, era reprovado pela Lei de Cristo (Marcos 10).


Não devemos temer “perder as pessoas” ao defendermos o evangelho pervertido que está amaldiçoando o povo de Deus (Gálatas 1). Serviremos de atrapalho para o Espírito de Deus se reforçarmos o amor de Deus por elas sem a necessidade do arrependimento.


A Assembleia de Deus é a maior denominação pentecostal do mundo. Suas antigas restrições culturais como o dever de usar saia e terno, não assistir TV, não ingerir álcool e não se depilar nunca impediu seu evangelho de arrependimento libertar pecadores. Estamos receosos? O evangelho da Assembleia de Deus tem mais poder? (Pode ser que tenha mais poder lá mesmo). Deus não precisa que modelemos o evangelho para ser culturalmente mais aceito, para que possam crer.

Deus também não nos envia para torná-lo mais difícil. Seguir Jesus custa confiança nas Palavras de Deus, que me condenam, me cortam, me remendam, me desafiam, me convidam a me negar, me fazem promessas de vida, infundem fé, despertam amor, me alegram, me curam e me convencem a obedecer. O evangelho não é pra todo mundo, mesmo que chegue aos ouvidos do mundo todo. Ele é cheiro de vida apenas aos que abrem mão de suas esperanças e paixões, experimentando uma revolução epistêmica e afetiva; para os demais, é cheiro de morte (1Co 2:16).


Homens maus, Deus bom


“CUIDADO COM OS MAUS PASTORES!” (Fp 3:2)


Os maus pastores mudam a Palavra do Supremo Pastor. Começarem a adaptar mandamentos, alterar a moral, negar a suficiência da Escritura, reinterpretar as passagens que ecoem o “negar a si mesmo”, aprovando os pecados que estejam culturalmente na moda. Fuja daqueles que não conseguem ser leais ao ponto de fazerem feridas de amor (Pv 27:6). Cuidado, pois há veneno na panela!


Alguns deles podem ter o testemunho de um bom caráter na igreja de Deus e uma linda história de amor com o povo, mas tudo isso pode ser o eco de uma fé em Deus que já não existe mais. Afaste-se dos maus pastores que defendem o bem do rebanho acima da vontade de Deus. Essa divisão não é a maneira bíblica de pensar. Cristo não é só vida, mas também verdade e caminho. “Cuide de ti mesmo e da doutrina.” (1Tm 4:16).

A igreja não pode ter uma agenda “inclusiva”, ocultando os valores do Reino apenas para parecem mais atrativa aos pecadores. A santidade é atraente, mas se a igreja escolher as artimanhas de retórica, publicidade, entretenimento, ferramentas da psicologia e programações de alto orçamento como substituto para a intercessão, a pregação radical, o amor sacrificial e a verdade, então, só poderá atrair descrentes que não provarão da vida, nem da cura. E tudo isso, para agradar nosso próprio ego.

Não podemos amar mais as pessoas do que a Palavra de Deus. Com isso, passaremos a fazer a igreja para nós mesmos, para ser um clube fraterno de pessoas que nós gostamos, ao invés da Casa de Deus. Deus não estará lá.

Não devemos diluir a má notícia da ira de Deus sobre os pecadores e a boa notícia da redenção em Cristo, só porque pessoas que nós amamos foram seduzidas por vãs filosofias e estão viciadas em sua autoestima. O evangelho que você crê não dá conta desse ópio? Dessa taça de cristal que é uma segurança baseada em agradar a si mesmo o tempo todo?

Os homens precisam saber que são maus e Deus é bom. Eles andam convencidos do contrário e se olham no espelho todos os dias repetindo: “você é suficiente”, “você pode tudo o que quiser”. É mentira. Não é. Não pode. Ninguém é suficiente. Essa afirmação é o remédio errado para um diagnóstico terrivelmente enganador.

A santa igreja deve estar pronta para ofender os ídolos com o obstinado amor de Deus e ser rejeitada pelo mundo — por que os santos desejariam ser aceitos pelos inimigos da cruz?

São dias difíceis em que precisamos ser como o valente Eleazar, que não conseguiu soltar a Espada (2Sm 23:10), mas não podemos nos esquecer das palavras de Francis Schaeffer: "A ortodoxia sem compaixão é a coisa mais feia do mundo!"


Que Cristo purifique sua Noiva!


*Estas 7 reflexões foram publicadas originalmente no perfil pessoal do Instagram do Arthur Martins em um intervalo de 7 dias. Este texto compilado no Blog da Cultivar & Guardar foi postado com a devida autorização do autor.



 

Arthur Martins é graduado em Teologia com pós em Espiritualidade. Casado com Maria Eugênia, é pai das gêmeas Luiza e Sarah e pastor da Igreja Presbiteriana República em Curitiba, PR.






Comments


bottom of page